As duas exposições precedentes haviam acontecido em 1998 e em 2000, por indicação de João Paulo II.
O próprio Papa fez o anúncio ao receber um grupo de peregrinos da arquidiocese de Turim, assegurando que «será uma ocasião sumamente própria – estou seguro – para contemplar esse misterioso rosto, que silenciosamente fala ao coração dos homens, convidando-lhes a reconhecer nele o rosto de Deus».
E acrescentou: «Se o Senhor me dá a vida e a saúde, espero ir eu também» visitá-lo.
Escutaram o anúncio na Sala Paulo VI no Vaticano 7 mil fiéis de Turim, acompanhados por seu arcebispo, o cardeal Severino Poletto.
O sudário de Turim é um lençol de linho retangular, de 436 cm de comprimento e 110 cm de largura. Sobre um mesmo lado da tela estão impressas as marcas frontais e dorsais de um homem morto depois de ter sido crucificado.
Seu caráter científico começou a ser estudado a partir de 1898, quando um fotógrafo de Turim constatou que o negativo das imagens representam o corpo e o rosto de um homem crucificado segundo contavam os Evangelhos.
Em 1989 foi submetida à prova do carbono 14, estabelecendo-se que era um tecido datado entre 1260 e 1390. Especialistas de prestígio científico reconhecido criticaram aqueles exames por considerar que não tiveram rigor necessário.
Ao visitar o Santo Sudário na catedral de Turim, em 24 de maio de 1998, João Paulo II explicou que o lenço constitui um «desafio à inteligência» pela extraordinária crônica visual que oferece da paixão de Cristo.
«Dado que não se trata de uma matéria de fé, a Igreja não tem competência específica para aprofundar-se sobre essas questões. Encomenda aos cientistas a tarefa de continuar investigando para encontrar respostas adequadas aos interrogantes relacionados com este lenço que, segundo a tradição, envolveu o corpo de nosso Redentor quando foi deposto da cruz», disse o falecido Papa nessa ocasião (Cf. João Paulo II, 24 de maio de 1998).