terça-feira, 7 de maio de 2013

4 DE MAIO FESTA DO SANTO SUDÁRIO

                                      4 DE MAIO FESTA DO SANTO SUDÁRIO






Celebrou-se em Fátima, no passado sábado 4 de Maio, a Festa do Santo Sudário, instituída por bula papal de Júlio II em 1506.



O evento, da iniciativa do membro do Centro Português de Sindonologia, o historiador Dr. Carlos Evaristo, teve o patrocínio da Casa Real de Bragança e da Casa Real de Sabóia (no âmbito do 30º aniversário da morte do rei Umberto II de Itália, o qual foi o ultimo proprietário de Sudário de Turim, tendo-o legado à Santa-Sé em disposição testamentária), bem como da Fundação Histórico Cultural Oureana , Fundação Dom Manuel II e World Apostolate, Fátima-Domus Pacis.



Na Capela Bizantina (ortodoxa)de Nossa Senhora de Kazan, nas instalações Domus Pacis estavam expostas relíquias cristâs da Lipsonateca («museu de relíquias» ) organizada pelo Dr Carlos Evaristo, bem como imagens de santos da Casa de Sabóia gentilmente cedidas para o evento.

A capela é digna de visita pela riqueza em arte sacra bizantina, nomeadamente ícones do Christus Pantocrator e da Virgem com o menino Jesus, e imagens dos Evangelistas e cenas das Sagrada Escrituras.



A preceder a cerimónia religiosa, que coincide com o Sábado de Aleluia do calendário Juliano (Ortodoxo) foi dada explicação aos presentes sobre a mais sagrada das relíquias-O Santo Sudário de Turim, e seu significado no âmbito da Paixão- pelo fundador do Centro Português de Sindonologia, o seu Presidente Dr. Lagrifa Fernandes.



A cerimónia religiosa, missa ortodoxa contou com a presença dos Capelães das Casas Reais de Sabóia e de Bragança, teve a participação de elevado núnero de pessoas nomeadamente membros do Centro Português de Sindonologia e convidados.

Durante a cerimónia que decorreu num profundo ambiente de espiritualidade, ao qual não foi alheia a envolvência musical proporcionada por um excelente grupo coral, foi exposta uma cópia pintada «ex-extractum» do Santo Sudário de Turim, produzida no século XVIII.

Recordamos que a designação «ex-extratum» significa que a peça em questão terá integrado elementos da relíquia original.

Segundo nos informa o referido historiador, durante séculos os nobres de Sabóia terão removido pequenas porções de tecido do Sudário de Turim as quais teriam sido integradas em «cópias» pintadas, muitas delas ainda existentes na Europa, algumas foram dadas como dote de casamento a princesas da Casa de Sabóia- recorde-se a cópia do Sudário trazida como dote pela rainha D. Maria Pia e qe se encontra no Palácio da Ajuda- outras serviram mesmo para amortalhar nobres da real casa.



Numa demonstração inédita, a cópia em questão foi a dado momento exibida da mesma forma que o Cavaleiro Robert de Clari na sua obra «La Conquête de Constantinople» descreve a mostra simbólica todas as sextas feiras, do Lençol Funerário com a imagem do Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo na Igreja de Santa Maria de Blachernae de Constantinopla em 1203, ou seja o sagrado lençol era elevado verticalmente de forma a ser visualizada a região ventral do corpo do Senhor envolvida por fumos de incenso, acompanhada de cânticos, bênçãos e simbolizando a Ressurreição.



Cerca das 13:00 horas e após a cerimónia religiosa, decorreu no excelente Auditório Domus Pacis uma breve sessão cultural sindonológica.



O historiador Dr. Carlos Evaristo apresentou uma interessante comunicação sobre o Culto do Santo Sudário de Turim e aspectos particulares de relíquias com ele relacionadas, nomeadamente as cópias ex-extractum, algumas existentes no nosso país.

Seguiu-se a apresentação de desenvolvimentos científicos recentes sobre o Sudário de Turim por Antero de Frias Moreira, que não serão detalhados por irem ser tema de um próximo «post»



O evento concluiu-se com um agradável almoço de convívio , após o qual membros do Centro Português de Sindonologia planearam a realização de futuras actividades culturais, possivelmente para Outubro próximo e incluídas no «Memorial ao Rei Umberto II de Sabóia».



                                                                                  Antero de Frias Moreira.



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