quinta-feira, 11 de setembro de 2014

WORKSHOP SOBRE AVANÇOS NA INVESTIGAÇÃO SOBRE O SUDÁRIO DE TURIM-BARI 4-5 SETEMBRO 2014

Estivemos em Bari, interessante e cosmopolita cidade do sul de Itália, cujo santo padroeiro é S. Nicolau- Nicola para os italianos- bispo de Myra na Lydia , actual Turquia, que viveu no século IV da nossa era, e ao qual são atribuidos muitos milagres, e o hábito de depositar presentes em pertences dos pobres.
Efectivamente é neste santo que acenta a tradição do Pai Natal, sendo o termo anglo-saxónico «Santa Claus» um derivativo de S. Nicolau.

E é pois de Bari que trazemos alguns presentes sobre novos conhecimentos sindonológicos.

O Workshop decorreu numa sala da Universidade de Bari e ficamos inicialmente um pouco desapontados pelo escasso número de pessoas presentes-não mais de 40 incluido palestrantes- o que nos foi depois explicado pelo facto de o evento não estar aberto ao público em geral.

Embora também ficássemos um pouco desiludidos pelo facto do Professor Bruno Barberis ter afirmado que não sabia quando o Vaticano iria autorizar novos testes cientificos no Sudário de Turim-repetindo o que já tinha afirmado em Valência em 2012- houve efectivamente na nossa perspectiva alguns trabalhos inovadores , sendo justamente apenas esses que iremos destacar.

Na área da patologia forense, foram confirmadas as coincidências em termos de imagens lesionais entre as presentes no Sudário ou  Pano de Oviedo, e no Sudário de Turim, sendo apresentada a descoberta de uma imagem lesional em área da região dorsal da base do pescoço com a forma de haltere ( lesão resultante de flagelação com chicote romano «flagrum taxillatum» ) com correspondência no Sudário de Turim.
Também foram efectuadas mensurações antropométricas da área correspondente à cabeça havendo corespondência nas duas peças de tecido.
Este trabalho foi apresentado pelo patologista forense Dr.Alfonso Sanchez Hermosilla do centro Español de Sindonologia, e vem mais uma vez confirmar que os dois tecidos cobriram a face do mesmo Homem em momentos próximos, facto que refuta a validade dos testes de carbono 14 de 1988.

Na área da Imagem, o Professor Nello Balosino da Universidade de Turim apresentou um projecto para um futuro scanning de alta definição do Sudário, o que a concretizar-se trará sem dúvida novos dados.

O f'isico Professor Paolo di Lazzaro descreveu as experiências laboratoriais sobre os efeitos da aplicação de Lasers U.V.( variando potências, comprimentos de ondas e freqências e tempos de exposição) sobre tecidos de linho, obtendo a nivel microscópico coloração superficial das fibras,em parâmetros muito estreitos da radiação, aspectos semelhantes ao das fibras imagem do Santo Sudário.
Todavia a imagem da face em tecido, obtida por «Tecnica Pincel de Laser» embora interessante, é perfeitamente distinta da original.
 
A professora Giovanna de Liso do Centro Italiano de Estudos Sismicos apresentou o resultado das suas experiências de obtenção de imagens em tecido de linho, de objectos materiais e de uma pequena cobra,  quando colocados entre duas rochas de gneisse, durante forte actividade sismica.
Nessas condições há libertação do gaz Rádon o que leva ao desenvolvimento de um campo eléctrico com efeito ionizante.
Recordou que no Novo Testamento é refeida a ocorrència de um terramoto após a morte de Jesus,, facto corroborado pelo historiador do século III Julius Africanus citando a descrição dessa ocorrência por Thallus no século I.

O Professor Giulio Fanti, fisico do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Pádua apresentou um trabalho sobre a obtenção de imagens de um manequim do corpo do Homem do Sudário, reduzido à escala 1/2, quando envolvido por tecido de linho e submetido à acção de um campo eléctrico de «Descarga de Corona» num sofisticado dispositivo simulando as condições de um sepulcro.
Embora também obtenha alterações a nivel de coloração superficial das fibras de linho, semelhantes às fibras imagem do Sudário de Turim, as imagens (foram mostradas apenas da região ventral) apresentam distorções e são perfeitamente distinguiveis da imagem sindónica original.

Como súmula do anteriormente descrito, ficamos com a noção de que pese o conhecimento ciêntifico actual sobre a microscopia e a química da imagem, mesmo em laboratório, utilizando dispositivos sofisticados, dispendiosas experiências NÃO CONSEGUIRAM AINDA REPRODUZIR A IMAGEM DO SUDÁRIO DE TURIM.

Não posso deixar de destacar o interessante e estranho trabalho do Professor Valery Shalatonin da Universidade de Minsk na Bielorrússia.
Este cientista referiu o facto de que uma réplica em tamanho real do Santo Sudário, existente na igreja católica de Belarus, promove um campo electromagnético na sua vizinhança, o qual provoca efeitos biológicos, nomeadamente na germinação de sementes de trigo colocadas próximo da réplica.
Também foi determinado objectivamente uma corrente energética em direcção a objectos relacionados co Jesus cristo nomeadamente textos sagrados ou um crucifixo, o que não acontece quando por exemplo textos técnicos /outros são colocados na mesma posição.
O campo electrico foi medido objectivamente com dispositivo adequado, não se trata de suposição nem especulação.
Deixa-nos pois motivo de reflexão como é possivel uma réplica criar um campo eléctrico à sua volta e demonstrar a sua ligação com Jesus Cristo.

Para terminar já fora do âmbito da ciência, o jovem Professor Trstan Casabianca historiador e filósofo da Universidade de Aix-Marselha, apredsentou uma comunicação referindo que de acordo com os novos conceitos de historiografia e de filosofia analítica a afirmação comummente aceite de que o Sudário de Turim do ponto de vista histórico e cientifico não pode ser provado como o lençol de Cristo e testemunho da sua Ressureição, tem de ser revisto.
Efectivamente à luz dos novos conceitos filosóficos, o Santo Sudário de Turim, de acordo com todas as evidências consideradas poderá ser considerado a prova da ressureição corporal de Jesus Cristo.


 

                                                                   11 de Setembro de 2014
                                                                   
                                                                     Antero de Frias Moreira