domingo, 14 de setembro de 2025

NOVA POLÉMICA SOBRE A AUTENTICIDADE DO SUDÁRIO DE TURIM

 

NOVA POLÉMICA SOBRE A AUTENTICIDADE DO SUDÁRIO DE TURIM

 

Antero de Frias Moreira*

*Médico; membro executivo do Centro Português de Sindonologia

 

Resumo:

Em finais de Agosto a imprensa anunciou a descoberta de um manuscrito de cerca 1370 da autoria de um bispo francês filósofo racionalista, questionando a autenticidade do Sudário de Cristo presente na igreja de Lirey, tendo como base o culto generalizado de falsas reliquias , promovido por muitos eclesiásticos dessa época.

Nesta análise é demostrado o valor nulo dessa afirmação, assim como mais uma vez são abordados e sumàriamente rebatidos outros aspectos «clássicos» anti-autenticidade utilizados pelos cépticos e invocados pelos media para tentarem desacreditar o Santo Sudário.

 

 

 

A Polémica:

 

A «bomba» foi lançada em 28/08/2025 pelo jornal italiano «La Stampa» com o titulo «Sindone,lo scrito più antico  : Serviva a trufare i fedeli» https://www.lastampa.it/torino/2025/08/28/news/sindone_falso_truffa_fedeli-15285599/

Esse artigo afirmava basicamente que um perito da universidade Católica de Louvain (Bélgica) tinha encontrado um documento medieval, o mais antigo testemunho sobre o Sudário, que datava de 1370, e que confirmava que já na Idade Média se sabia que a relíquia não era autêntica.

 

Outros artigos com teor idêntico se seguiram dos quais referimos a titulo de exemplos

«The Independent» -«Newly uncovered medieval document adds evidence that the Shroud of Turin is fake» https://www.independent.co.uk/news/science/archaeology/shroud-of-turin-new-evidence-fake-b2816240.html

CNN Science: «Researchers find oldest written claim that the Shroud of Turin was faked https://edition.cnn.com/2025/09/04/science/shroud-of-turin-oresme-philosopher

Popular Mechanics: «Historian found a 600 Year –old Document Declaring the Shroud of Turin a Fraud» https://www.popularmechanics.com/science/archaeology/a65969645/oresme-fraud-shroud-of-turin/

 

Efectivamente Nicolas Sarzeau, um académico historiador da Universidade Católica de Louvain-Bélgica publicou na revista «Journal of Medieval History» o artigo «A New Document on the Appearance of the Shroud of Turin from Nicole Oresme: Fighting Fake Relics and False Rumours in the Fourteenth Century» https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/03044181.2025.2546884#abstract

Esse artigo tem como base um excerto de uma obra designada «Problemata» da autoria do bispo de Lisieux  Nicole Oresme, um teólogo e filosofo racionalista, cerca de 1370, onde ele afirmava que o Sudário de Cristo presente em Lirey era uma fraude destinada a enganar os fiéis.

Nesse excerto o Bispo Nicole Oresme afirma «…muitos clérigos enganam outros, induzindo-os a trazer ofertas para as suas igrejas. Isto é claro por um exemplo da igreja de Champagne (refere-se a Lirey onde estava o Sudário) onde é dito que estava o Sudário de Nosso Senhor Jesus Cristo, e de muitos semelhantes que inventaram isto e aquilo»

 

Nicolas Serzeaud afirma:

« A originalidade da posição de Oresme reside na sua tentativa de providenciar explicações racionais para fenómenos inexplicados, quer miraculosos ou prodigiosos, em vez de os interpretar como divinos ou demoníacos ou devido a uma influência desconhecida (influentia ignota)…»

 

Concerteza estas noticias lançaram polémica, até porque várias noticias de teor semelhante repescaram outros factos anti-autenticidade do Sudário mais ou menos recentes, (referimo-nos nomeadamente ao artigo de «estudo» da imagem do Sudário de Cicero Moraes, Testes radiocarbono 1988 e artigos de Walter McCrone) para em conjunto desacreditarem a autenticidade do Santo Sudário de Turim

Assim sendo, sinto que é minha obrigação esclarecer e repor a verdade.

 

 

Discussão/Esclarecimento

 

Infelizmente não é a primeira vez que temos conhecimento de elementos da Igreja a desacreditarem o Santo Sudário de Turim

 

Em 1900 o sacerdote francês Ulysse Chevalier , académico e historiador afirmava nos seus escritos que o Sudário de Turim era uma obra medieval pintada, baseando-se no famoso Manuscrito de Pierre D’Arcis, que teria sido enviado ao Papa Clemente VII em Avignon.

Existem dois rascunhos desse documento datado de 1389 na «Colecção Champagne» da Blibiothèque Nationale de France.

Fundamentalmente o Bispo Pierre D’Arcis da diocese de Troyes teria escrito que cerca de 30 anos antes o seu predecessor Henri de Poitiers concluiu que o Sudário exposto em Lirey pelo cavaleiro Geoffroy de Charny e sua esposa Jeanne de Vergy desde cerca 1355, seria uma pintura, e que sabia quem foi o pintor que a elaborou (sem indicar o nome…)

 

De acordo com o que foi apurado, essa atitude de carácter revanchista de Pierre D’Arcis o qual sequer nunca teria visto o Sudário, teria como base a disputa da posse do Sudário para este ser exibido sim na catedral de Troyes, a fim de receber as dádivas dos fiéis.

Apesar da sua pretensão, o Papa Clemente VII não decretou a transferência do Sudário de Lirey para Troyes e não impediu a veneração da Relíquia.

 

Posteriormente em 1903 Herbert Thurston, académico jesuíta racionalista e oponente da espiritualidade, veementemente afirmava num artigo anti-Sudário que escreveu «The Holy Shroud and the Verdict of History», que o Sudário de Turim era uma fraude, também com base na tese de Ulysse Chevalier/ Memorandum Pierre D’Arcis.

 

Hoje sabemos seguramente que o Sudário de Turim não é uma obra de arte pictórica pois estudos de microscopia, químicos e de espectrofotometria , espectrometria de massa e FFT (Fast Fourier Transform) excluem a pintura como forma de elaboração.

 

No que respeita ao escrito do Bispo Nicole Oresme um racionalista no seu tempo, não passa de uma afirmação sem qualquer fundamento.

Se efectivamente nessa época havia o culto das reliquias, e sem duvida a maior parte eram falsas, o referido eclesiástico nunca viu sequer o Sudário que estava em Lirey, e generalizou, fazendo uma afirmação sem conhecimento de causa-trata-se daquilo que se poderá designar «cepticismo indutivo» portanto o valor da sua afirmação É NULO

 

Assim, estas afirmações detractórias de homens da Igreja carecem de qualquer fundamento científico.

 

 

 Quanto aos outros aspectos considerados pelas noticias da Web, e que fazem as delícias dos cépticos, nomeadamente as conclusões do perito Cicero de Moraes, Testes radiocarbono 1988 e  teoria da pintura de Walter McCrone já devidamente escalpelizadas, recordamos:

 

O recente trabalho do Dr. Cicero Moraes perito de reconstrução facial 3D «Image Formation on the Shroud of Turin-A Digital 3D Approach» https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=5003510 já abordado em anterior post (02 de Novembro 2024) foi questionado, bem como em vários artigos de peritos.

Recordamos que esse perito, através de um modelo digital de um corpo envolto por um lençol concluiu que a imagem do Santo Sudário de Turim seria uma forma de arte sacra cristã obtida por contacto do lençol com um baixo relevo.

São ignorados aspectos da microscopia do Sudário, bem como as características físicas e químicas da imagem sendo assumido que a imagem do Sudário seria obtida por contacto-ora sabe-se que seguramente a Imagem do Sudário não se produziu apenas por contacto e as tentativas de reprodução exaustivamente estudadas pelos cientistas da equipe S.TuR.P. nomeadamente em baixos relevos foram um fracasso, o mesmo se pode dizer da mais recente tentativa, a «face» do «Sudário de Garlaschelli» produzida por «frottage» com acido sulfúrico diluído e corante azul de cobalto num tecido de linho colocado sobre uma mascara em baixo relevo a imitar a face do Sudário, que cobria a face de um voluntário.

Além disso não considera as manchas de sangue que foram impressas no tecido do Sudário previamente à imagem….

Para terminar, esse perito não reproduziu nenhuma imagem semelhante à do Sudário de Turim, apenas tentou «explicar» a imagem por meios digitais de uma forma virtual partindo da premissa errónea de que a Imagem do Sudário de Turim era uma imagem de contacto.

 

Quanto à teoria do microscopista Walter McCrone de que a Imagem do Sudário é uma pintura à base de uma têmpera de colagénio e pigmento ocre vermelho e as manchas sanguíneas teriam a mesma composição com a adição de vermilião (sulfureto de mercúrio) ela foi completamente refutada pelos estudos da equipe S.Tu.R.P. e dos bioquímicos Alan Adler e John Heller-definitivamente a Imagem do Sudário não é uma pintura

 

Para terminar faltavam os famigerados testes radiocarbono 1988 que dataram uma única amostra do tecido do Sudário de 1260-1390.

Não iremos desenvolver os argumentos de refutação da validade desses testes, amplamente explicados em múltiplos artigos científicos publicados em revistas credenciadas.

Recordaremos apenas que NÃO HÁ HOMOGENEIDADE DE DATAÇÃO DAS SUB AMOSTRAS DOS 3 LABORATÓRIOS ( Tucson Oxford e Zurich), e a amostra recolhida não era representativa do resto do tecido do Sudário, consoante estudos de microscopia, químicos e de espectrometria de massa e de cinética da degradação da vanilina.

Para além disso estudos de datação de tecidos por métodos alternativos apontam para a possibilidade de o tecido do Sudário de Turim ser do século I -atente-se nos estudos do Professor Giulio Fanti de 2015, e mais recentemente de 2022, do Professor Liberato de Caro, utilizando o método WAXS (acrónimo de wide angle RX scattering).

 

Curiosamente, a imprensa Web que tanto divulgou esse estudo em finais de 2024 afirmando que afinal o tecido do Sudário era do século I e portanto o Sudário seria autêntico, vem agora com este argumento absurdo em grandes parangonas, para negar a autenticidade do Sudário.

Faço um paralelo com o relato evangélico de S. João no qual a multidão que ovacionou Jesus Cristo no Domingo de Ramos passado dias gritava «crucifica-O»……..

 

 

                                             CONCLUSÃO

 

Mais uma vez assistimos a exemplos de mau jornalismo de caracter sensacionalista.

A afirmação de um erudito racionalista do século XIV que repudiava o culto de relíquias e que tendo chegado ao seu conhecimento que na Igreja de Lirey estaria aquela que era considerada o lençol funerário de Cristo com a imagem do Seu corpo e imediatamente afirmou sem sequer o observar, que era falsa para enganar os fieis, poderá até certo ponto ser compreensível no contexto da época, não obstante tal conclusão  contra a autenticidade do Sudário tem pois um valor ZERO.

Todavia com todo o conhecimento cientifico sobre o Santo Sudário adquirido ao longo de mais de 100 anos, utilizar este argumento em títulos sensacionalistas reforçado por argumentos dos detractores já devidamente rebatidos é absolutamente lamentável.

Enfim, não resisto a ser mais assertivo e termino com um conhecido dizer popular «Os cães ladram e a caravana passa».

 

 

Nota final: aconselhamos a leitura em língua inglesa, do excelente artigo sobre este tema, do académico Alessandro Piana intitulado «Shroud , a Rumour ina Medieval Document Peddled as Proof» https://www.uccronline.it/eng/2025/08/29/shroud-a-rumor-in-a-medieval-document-peddled-as-proof/?fbclid=IwY2xjawMfRWRleHRuA2FlbQIxMQABHpVBJBhcUiFR6P1nnE84O6n4Q3xUjcAlzoW4ZqFzYR-rx9YKSIP63TfojGi9_aem_qJx6h7dgNKuSqes1v9FAdw 

 

 

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quinta-feira, 17 de abril de 2025

PODCAST/ENTREVISTA SOBRE O SANTO SUDÁRIO DE TURIM

 


Podcast/Entrevista sobre o Sudário de Turim- «O que diz a ciência sobre o Sudário de Turim»

 

O eminente entrevistador e detentor de um importante canal you-tube senhor Miguel Milhão a.k.a «Guru Mike Billions» conduziu uma entrevista a Antero de Frias Moreira , médico e membro executivo do Centro Português de Sindonologia.

 

O Podcast abordou o tema de uma forma informal mas no nosso entender muito bem conseguida, tendo sido focados múltiplos aspectos da história e aspectos científicos, nomeadamente os aspectos médico-forenses ligados à sagrada relíquia.

 

Acesso pelo link https://www.youtube.com/watch?v=iZb7UWHDEmU&t=1185s

 

Votos de uma Feliz Páscoa

Maria da Glória


sábado, 2 de novembro de 2024

AUTENTICIDADE DO SUDÁRIO MAIS UMA VEZ QUESTIONADA

 

                   

 

 

Antero de Frias Moreira*

*Médico; Membro executivo do Centro Português de Sindonologia

 

Resumo:

Recentes noticias na Web questionam a autenticidade do Sudário baseadas num estudo de imagem de um perito forense em recontrucção facial.

Esse perito afirma que a imagem patente no Sudário é incompatível com o envolvimento de um corpo humano, pois não apresenta distorções.

Partindo da assumpção errónea que a imagem patente no Sudário de Turim se produziu por um mecanismo de contacto, a conclusão do seu estudo não tem qualquer fundamento e a autenticidade do Sudário não pode ser posta em causa.

 

Palavras Chave: Sudário Imagem Contacto

 

Abstract:

Recent news in the Web question the authenticity of the Shroud based on an image study by a forensic facial reconstruction expert.

This expert claims that the Shroud image is not compatible with the wrapping of a human body because it does not evidence distortions.

Assuming  the wrong  premise that the image on the Shroud of Turin was only produced by a contact mechanism the conclusion of his study is meaningless and the Shroud’s authenticity cannot be questioned on that basis.

 

Key -words: Shroud Image Contact

 

Pesquisando na Web sobre o fascinante tema do Santo Sudário, casualmente deparei-me com duas muito recentes noticias em língua inglesa que de imediato atrairam a minha atenção.

A primeira, do «New York Post» sob rubrica Ciência, intitulada «Shroud of Turin was not used to wrap Jesus’ body after crucifixion, bombshell study asserts» https://nypost.com/2024/10/30/science/shroud-of-turin-was-not-used-to-wrap-jesus-body-after-crucifixion-bombshell-study-asserts/ , e a segunda num site informativo católico, «Catholic Herald» com o titulo «Facial reconstruction expert uses 3D software to show Shroud of Turin did not cover Christ» (a partir de noticia do Daily Telegraph)

https://catholicherald.co.uk/facial-reconstruction-expert-uses-3d-software-to-show-shroud-of-turin-did-not-cover-christ/

 

Ambos os títulos sugerem bombàsticamente que um perito efectuou um estudo que descarta a possibilidade do Sudário de Turim ter sido a mortalha funerária de Jesus Cristo mesmo que o tecido tenha 2000 anos.

 

Tendo lido atentamente o conteúdo dos artigos sinto-me no dever de mais uma vez esclarecer quem se interesse pelo tema do Sudário, pela partilha de conhecimento fidedigno sobre a Imagem Sindónica.

 

 

A argumentação:

 

Bàsicamente o perito brasileiro em software de reconstrução facial forense Cicero Moraes utilizou uma reconstrução virtual em computador, de um lençol a cobrir um corpo tal como no caso do Sudário, concluindo que após a remoção do lençol, a imagem produzida nele patente, após o lençol ser estendido aplanado, evidenciava distorções que não se observam na imagem do Sudário.

Além disso, há áreas corporais que não aparecem na imagem do Sudário, o que o leva a afirmar que a imagem patente no Sudário não poderia ser de um corpo humano tridimensional, mas poderia ter sido obtida através de um baixo relevo de uma figura humana.

Portanto o Sudário não mais seria do que uma obra de arte cristã.

Para além deste estudo o artigo do New York Post faz outras afirmações acessórias tais como o Sudário não ter documentação histórica antes do seculo XIV e as conclusões do microscopista Walter McCrone de que a imagem nele patente é uma pintura.

                                                       

 

 

                                              DISCUSSÃO

 

 Relativamente às afirmações acessórias, é absolutamente FALSO que não haja referências históricas ao lençol funerário que está em Turim -o Sudário de Turim- antes de 1355, data da apresentação do Sudário de Cristo em Lirey-França.

 Há efectivamente múltiplas referências ao lençol funerário com a imagem corporal de Cristo, que esteve em Constantinopla de 944 até 1204, quando desapareceu, roubado pelos cruzados da 4ª Cruzada, reaparecendo cerca de 150 anos depois na referida localidade de Lirey e sendo apresentado aos fiéis como o Sudário de Cristo.

Não iremos desenvolver mais este complexo tema histórico, mas apenas recordar que o Sudário de Cristo de Constantinopla era o Pano de Edessa (lençol funerário de Cristo com a imagem do Seu corpo, dobrado de forma a evidenciar apenas a face) resgatado em 904 por ordem do Imperador bizantino Romanus Lecapenus e que chegou a essa localidade a partir de Jerusalém, e é o mesmo que actualmente se encontra em Turim.

 

Quanto à famosa teoria do microscopista Dr. Walter McCrone,  que faz as delícias dos cépticos, de que a imagem do Sudário é constituída por partículas de pigmento ocre vermelho numa têmpera de colagénio, e as manchas sanguíneas tem a mesma composição adicionada de cinábrio e portanto «o Sudário é uma bonita pintura, não obstante é o trabalho de um artista», já foi absolutamente refutada pelos laboriosos estudos (microscópicos, espectrofotometria incluindo espectroscoia Raman, EDX, espectrometria de massa, múltiplos estudos químicos e outros) da equipe cientifica multidisciplinar STuRP e dos bioquímicos Professor John Heller e Alan Adler, que repouse em paz para todo o sempre.

 

 

Na nossa opinião a conclusão do perito Cicero Moraes parte de UMA PREMISSA ERRADA.

Se a imagem patente no Sudário resultasse da passagem de um pigmento à superfície de um corpo ou hipotético agente catalítico/outro que produzisse uma imagem no tecido envolvente, sem dúvida que quando o lençol fosse aplanado seriam observadas distorções (o que não se verifica na imagem patente no Sudário de Turim).

 

Todavia este perito não tem sequer conhecimento??? de teorias com suporte cientifico teórico e experimental, de formação de imagem num lençol a partir de um corpo por ele envolvido, considerando outros mecanismos para além do contacto, leia-se só para citar alguns exemplos a teoria do químico Professor Raymond Rogers e da bioquímica Anna Arnoldi da reacção Amino-Carbonilo e as várias teorias considerando emissão de energias radiantes pelo corpo.

 

Foram feitas experiências com cadáveres cobertos com lençois (nomeadamente pelo perito de medicina forense italiano Professor Romanese) nos quais foram aplicados sensibilizantes ,tais como aloes, azeite e terebentina, que reagiriam com secreções corporais, mas os resultados foram decepcionantes com a obtenção de imagens grotescas e distorcidas, em nada semelhantes à Imagem do Sudário de Turim.

 

Efectivamente a imagem corporal/facial patente no Sudário e acordo com todos os estudos de físicos e peritos de imagem NÃO É UMA IMAGEM DE CONTACTO, pois efectivamente áreas anatómicas que não estariam em contacto com o tecido do lençol cobrindo o corpo, poderão produzir imagem no tecido, sendo a respectiva tonalidade em termos de «intensidade» inversamente proporcional à distância que a separa do tecido.

 

Sendo a imagem patente no Sudário de Turim um grande enigma foram feitas muitas tentativas de reprodução da imagem, nomeadamente utilizando um baixo relevo de figura humana, como sugerido pelo perito.

Todas as tentativas foram mal sucedidas, não conseguindo reproduzir a imagem do Sudário do ponto de vista macroscópico, microscópico, físico e químico e de codificação tridimensional.

 

Apesar de ser conhecida a constituição química da imagem no linho do tecido do Sudário (sabe-se que resultou de alterações químicas numa fina camada polissacarídica envolvendo as fibras de linho mais superficiais com desidratação, oxidação e conjugação, com formação de grupos carbonilo com ligações duplas nos átomos de carbono), NÃO SE SABE AINDA QUAL A FORMA ENERGÉTICA QUE PROVOCOU ESSAS TRANSFORMAÇÕES.

O que quer tenha produzido essas transformações químicas teria actuado de uma forma colimada, direccional vertical paralela à linha da gravidade, para cima e para baixo e com atenuação do efeito no tecido em função da distância-daí o aspecto da imagem patente no Sudário.

 

O que se sabe através de múltiplos estudos fidedignos publicados em revistas científicas credenciadas, é que a Imagem patente no Sudário é seguramente do corpo de um flagelado e crucificado, e a tradição, estudos históricos e científicos permitem-nos concluir legitimamente que esse Corpo é de Jesus Cristo.

 

 

 

                                          CONCLUSÃO

 

Mais uma vez os «Media» de uma forma sensacionalista e recorrendo a um argumento «autoritativo» de um perito tentam desacreditar sem sucesso o Santo Sudário de Turim e fazem um trabalho de mau jornalismo.

 

Sem desprestigio pelo estudo desse perito que assumiu de uma forma simplista que a imagem patente no Sudário seria uma imagem de contacto, se ele se tivesse dado ao trabalho de consultar os múltiplos estudos da Imagem patente no Sudário publicados em credenciadas revistas científicas, talvez nem se desse ao trabalho inutil de o realizar, pois parte de UMA PREMISSA ERRADA E FALSA- A IMAGEM DO SUDÁRIO NÃO É UMA IMAGEM DE CONTACTO.

 

O Sudário de Turim é a mortalha que envolveu o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo onde estão plasmados a sangue todos os sofrimentos experienciados na Sua Paixão e a enigmática Imagem corporal nele patente é a evidência de que a Sua Ressurreição foi um fenómeno físico real que deixou a sua marca naquele lençol.

 

 

Nota: não sendo este artigo, um artigo cientifico mas sim de opinião, embora baseado em múltiplos estudos científicos publicados, não são mencionadas as referencias bibliográficas de suporte no texto.

 

Referências:

SCAVONE, Professor Daniel - Greek Epitaphioi and Other Evidence for the Shroud in Constantinople up to 1204 (.pdf format) [32k] [June 1999] (From the 1999 Richmond Conference) 

SCHWALBE, L.A. and R.N. ROGERS, "Physics and Chemistry of the Shroud of Turin, A Summary of the 1978 Investigation," Analytica Chimica Acta, Vol. 135, 1982, pp. 3-49. [8 October 2018]

 

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

PARTICULAS MINERAIS DO SUDÁRIO-ABORDAGEM DE SÍNTESE

 

                           PARTICULAS MINERAIS DO SUDÁRIO- ABORDAGEM DE SÍNTESE

 

Fevereiro 2023

 

 

Antero de Frias Moreira*

 

*Médico-Especialista de Medicina Física e de Reabilitação: Membro executivo do Centro Português de Sindonologia

 

 

Resumo: Após apresentação da síntese dos aspectos principais dos artigos científicos sobre o estudo de partículas minerais presentes no Sudário, conclui-se que o mesmo apresenta indiscutivelmente partículas de minerais oriundos da Palestina, transferidos para o tecido por contacto com regiões anatómicas do Homem do Sudário, e a partir do meio ambiente.

Estes estudos contribuem significativamente para descartar a hipótese da teoria de elaboração medieval europeia do Sudário, e corroboram aspectos da Paixão de Cristo, segundo os Evangelhos.

 

Palavras-chave: Sudário, partículas minerais

 

Abstract: After the presentation of a synthesis of the main aspects of scientific papers on the study of mineral particles on the Shroud  it is concluded that the Shroud has undoubtedly mineral particles from Palestine that were transfered by contact with anatomical body areas of the Man of the Shroud and from the environment.

Those studies provide an important contribution to discard the Shroud’s european medieval fakery theory, and support the Gospel’s narrative of aspects of the Passion of Christ

 

Key- words: Shroud, mineral particles

 

 

 

Introdução

 

Em consonância com o titulo, admitimos que é um tema algo árido, eventualmente não muito motivante para o público em geral, mas como veremos, com muita importância no estabelecimento do percurso histórico do Sudário, nomeadamente quando integrado com outros  elementos, nomeadamente os estudos palinológicos, e os mais recentes estudos de ADN de cloroplastos de plantas e de ADN mitocondrial humano patentes no tecido do Sudário.

 

Aquando da famosa investigação StuRP ( acrónimo de Shroud of Turin Research Project) de 1978 foram realizados por uma equipe multidisciplinar vários estudos «in loco» do Sudário de Turim, entre os quais de Espectrometria, a cargo do casal de investigadores Roger e Marty Gilbert.

Estes investigadores constataram  que a zona correspondente à imagem das impressões plantares (na imagem dorsal) apresentava um padrão diferente do resto do Sudário.

Outro elemento da equipe, o físico óptico Sam Pellicori examinou a área de interesse com um microscópio com ampliação 500X e concluiu que isso se devia à presença de poeiras correspondentes a partículas minerais amareladas, transpostas para o tecido pelos pés de alguém que caminhou descalço.

Foi também determinado que a nível do joelho esquerdo e do nariz também havia «contaminação» com poeiras.

Este foi pois o preludio para os estudos subsequentes dos quais iremos resumir o essencial

 

 

Estudos de Particulas Minerais

 

1)Estudos de Eugenia Nitowski,e Joseph Kohlbeck (1986)

 

O químico professor Rogers da equipe STuRP entregou material recolhido do Sudário (região da impressão plantar) ao cristalógrafo Dr. Joseph Kohlbek do Hercules Aerospace Division, o qual caracterizou partículas aderentes a fibras do linho como carbonato de cálcio (calcário).

Essa amostra tinha uma elevada concentração de carbonato de cálcio e também evidenciava pequenas quantidades de ferro e estrôncio.

Entretanto a arqueóloga Drª Eugenia Nitowski trouxe de Jerusalém amostras de calcário dos antigos túmulos escavados na rocha, para estudo comparativo de partículas.

 

Segundo Kohlbeck as partículas da amostra do Sudário e as do calcário dos antigos túmulos, são de mineral Travertino-Aragonite diferindo do ponto de vista de estrutura cristalina, da variedade mais comum calcite.

Esta cristaliza duma forma «romboédrica, enquanto  a aragonite cristaliza na forma «ortorrômbica».

A Aragonite forma-se em condições mais restritas que a calcite, e além disso as ditas amostras do calcário de Jerusalém também continham pequenas quantidades de ferro e estrôncio mas não chumbo.

 

 

Estudos adicionais pelo Dr. Ricardo Levi-Setti do Enrico Fermi Institute da Universidade de Chicago, comparando as amostras do calcário dos túmulos de Jerusalém e o calcário da amostra do Sudário, por «High Resolution Scanning Ion Microprobe» (que compreende a espectroscopia Raman), obteve gráficos cujos padrões são essencialmente idênticos «excepto para ínfimas porções de linho que não puderam ser separadas do cálcio do Sudário e causaram uma ligeira variação orgânica».

Kohlbeck refere que « tais achados (por si só) não provam que o Sudário veio de Jerusalém mas tal origem seria uma muito razoável explicação para a presença de Aragonite.

Por outro lado aqueles que afirmam que o Sudário é uma fraude do século XIV devem explicar como a Aragonite foi lá parar».

Além disso, a composição da referida amostra era diferente da de oito amostras de calcáreos recolhidas em vários locais de Israel.

 

 

2) Estudos do professor Gerard Lucote(2012)

 

Este cientista do Instituto de Antropologia Molecular de Paris, recebeu em 2005 do Professor Giovanni Riggi di Numana (que integrou a equipe StuRP em 1978) uma pequena amostra de forma triangular medindo  1,36X0.614 milimetros recolhida de uma área sanguínea da face do Sudário muito próxima do nariz.

Nela existem múltiplas partículas de natureza inorgânica e orgânica nomeadamente poléns  e glóbulos vermelhos (aspectos  fora do âmbito deste estudo)

Através de um estudo exaustivo  de microscopia nomeadamente de luz polarizada,, microscopia de scanning , microfluorescência e EDX (energy dispersive X.Ray) pode caracterizar inúmeras partículas minerais aderentes à fita adesiva da amostra, as quais constituem 82% das partículas.

Entre outras detectou partículas de carbonato de cálcio/calcário, partículas de sílica , argilas ( nomeadamente illiite e montmorilonite que é uma variedade de smectite) e outras, sendo que a proporção das mesmas e a presença  de gesso e óxido de ferro «indica uma natureza de solo correspondendo a climas desérticos ou semi-desérticos».

Além disso encontrou alguns minerais argilosos ( misturas de montmorilonites/iliites constituídos por partículas ricas em potássio com elevado conteúdo em cálcio, contendo inclusões de ferro e titânio).

Esse tipo de minerais  foram utilizados em pigmentos para colorir um fóssil do período Paleolítico Médio encontrado no local de «Es-skhul no Monte Carmelo em Israel.

Este cientista afirma «Portanto estas misturas de minerais argilosos constituem uma verdadeira  assinatura  geológica desta região geográfica».

 

 

3) Análise de micropartículas aspiradas do Sudário de Turim  (2015)

 

As investigadoras Drªs Irene Calliari e Caterina Canovarro da Universidade italiana de Pádua, estudaram partículas provenientes de materiais aspirados da parte posterior do Sudário pelo já referido Professor Riggi di Numana em 1978 e 1988 (aquando da remoção da famosa amostra para teste radiocarbono).

Esse material estava devidamente referenciado em termos de localização no Sudário, e guardado em recipientes específicos.

Foram estudadas fibras vegetais, polens, esporos , partículas orgânicas biológicas e minerais, sendo apenas estas ultimas objecto  da nossa atenção.

Foram utilizados sofisticados métodos laboratoriais nomeadamente metalização de partículas com ouro, microscopia óptica, microscopia de luz polarizada e EDX (energy dispersive X-Ray).

Detectaram-se partículas minerais de tonalidade avermelhada (contém ferro) que chamaram a atenção pois não são comuns no solo do norte de Itália, onde o Sudário se encontra há seculos.

Tendo sido constatado que o solo de Jerusalém contem muitas partículas semelhantes, foi efectuado um estudo comparativo entre esse tipo de partículas, neste caso com amostra de solo do Monte Sião.

O padrão obtido nos gráficos de EDX é francamente semelhante, e segundo as investigadoras «embora análises mais detalhadas sejam necessárias para uma completa identificação, essas partículas são muito semelhantes às das argilas de Jerusalém, (e de outras áreas mediterrânicas influenciadas pelos ventos do deserto do Sahara).Parecem pertencer à família das  Iliites-Smectites, também contendo gesso».

 

 

4) Estudos de partículas minerais no Pano de Oviedo pela equipe EDICES do Centro Espanhol de Sindonologia

 

O Pano ou Sudarium de Oviedo é uma peça de tecido de linho medindo cerca de 84X 53 centímetros com manchas sanguíneas e de fluido de edema pulmonar (não apresenta imagem) que se encontra na Península Ibérica desde o inicio do século VII, actualmente na Catedral de S. Salvador em Oviedo-Espanha, e que a tradição, estudos históricos e científicos permitem concluir que se trate do pano que envolveu a cabeça de Jesus Cristo morto na cruz, e corresponde ao «sudário enrolado aparte» do capitulo XX do evangelho de S. João.

A par do Sudário de Turim, são pois duas relíquias com estreita relação com Jesus Cristo, havendo coincidência morfológica e topográfica relativamente a manchas sanguíneas nelas presentes.

Assim sendo foi realizado um estudo do Pano de Oviedo em múltiplos pontos (áreas «limpas» e zonas de manchas sanguíneas), recorrendo ao método Fluorescência de RX no sentido de pesquisar presença de elementos com número atómico superior a 16, bem como sua concentração e verificar a esse nível relação entre as duas relíquias.

Foram também utilizados controles, nomeadamente um tecido com diferentes concentrações de carbonato de cálcio (pó de travertino-aragonite).

 

Desse estudo realçamos que foi concluído que a concentração de cálcio era superior nas áreas de manchas sanguíneas, por aderência das partículas minerais aos fluidos, particularmente na zona da mancha correspondente à extremidade do nariz, tal como acontecia no Sudário de Turim.

Foi efectuada comparação entre a relação Calcio/Estrôncio em partículas de calcário do solo do Calvário (Jerusalém) e na zona referida do nariz, sendo os valores próximos, portanto as poeiras corresponderão a solo de Jerusalém tal como no caso do Sudário.

 

 

 

                                           DISCUSSÃO

 

Temos de concordar com o céptico Dr. Hugh Farey, que efectivamente os resultados publicados pelos elementos da equipe STuRP no que concerne aos estudos de Fluorescência de RX e de Espectrometria são dificilmente conciliáveis com a presença de poeiras nas áreas mencionadas, todavia o físico polaco Jan Jaworski analisando em pormenor as concentrações de cálcio e estrôncio em vários «spots» afirma que embora do ponto de vista da Fluorescência de RX, a concentração de cálcio seja sensivelmente uniforme no tecido do Sudário, há efectivamente uma maior concentração na mensuração na área dos pés (na imagem dorsa)l, o que foi explicado ulteriormente pela caracterização das ditas partículas minerais como carbonato de cálcio sob a forma de travertino-aragonite.

 

Mesmo esse céptico não contradiz a afirmação do físico óptico Sam Pellicori da equipe STurP quando ele afirmou «a observação visual da área do calcanhar com uma ampliação de 500X revela a presença de partículas amareladas muito pequenas sugerindo poeira, e a área do nariz pode conter também poeiras ou material cutâneo residual».

O investigador John Jackson também da equipe STuRP corrobora esse achado afirmando «na impressão plantar dorsal o exame de 1978 descobriu uma abundância de poeira microscópica atípica do resto da imagem .Isto  com certeza é consistente com o conceito da transferência de partículas dos pés descalços de um homem, para o Sudário».

 

Já no que respeita aos gráficos do Professor Levi-Setti referentes ao estudo das partículas dos pés esse céptico afirma que foram «adaptados» pela arqueóloga Eugénia Nitowski  e que são «quantitativamente» diferentes.

Não nos parece que isso corresponda à realidade, e para além disso o Professor Levi-Setti concluiu, recordamos, que os padrões dos gráficos são essencialmente idênticos excepto para ínfimas porções de linho que não puderam ser separadas do cálcio do Sudário e causaram uma ligeira variação orgânica.

 

No que respeita à presença de poeiras no joelho esquerdo efectivamente não haverão amostras recolhidas dessa zona, mas esse achado foi afirmado por vários investigadores que contactaram directamente com o Sudário.

 

 

Processo de transferência das Poeiras Minerais

 

O mecanismo de passagem das poeiras minerais foi essencialmente por dois processos:

 

Contacto com regiões anatómicas corporais como planta de pés descalços, nariz e joelho esquerdo, bem como áreas da face onde teriam aderido a material hemático ainda liquefeito (como foi o caso no Pano de Oviedo).

No que respeita à presença de poeiras minerais na região do nariz e joelho, os estudos forenses permitem concluir que o Homem do Sudário sofreu queda com contacto no solo dessas áreas anatómicas.

No que concerne às poeiras plantares foi já dito que passaram para o tecido do Sudário por transferência a partir da planta dos pés de alguém que caminhou descalço nesses solos.

As poeiras minerais também terão sido transferidas para o tecido do Sudário por contacto directo com superfícies, nomeadamente tumulares ou solo, ou mesmo por acção de ventos.

 

 

 

 

Comprovação da presença de partículas minerais da região da Palestina

 

Vários investigadores, em diferentes épocas e estudando amostras colhidas em várias zonas concluíram que o Sudário apresenta múltiplas partículas minerais da região da Palestina, nomeadamente da zona dos antigos túmulos de Jerusalém da época de Cristo.

Os estudos do Professor Lucotte apoiam as conclusões da equipe EDICES no Pano de Oviedo, pois foram efectuados numa amostra próxima do nariz, não obstante a equipe espanhola não caracterizou o tipo de partículas de carbonato de cálcio / calcário, verificando-se  a mesma situação relativa às partículas minerais na região nasal e joelho esquerdo do Sudário de Turim.

 

 

 

 

Contribuição para a autenticidade do Sudário:

 

O facto de que as partículas minerais nas regiões anatómicas referidas serem apenas tènuamente visíveis à vista desarmada, e o facto de efectivamente serem de minerais presentes em calcáreos e argilas da Palestina, dificulta extraordinariamente a teoria da elaboração medieval europeia do Sudário por um alegado falsário.

Além disso deixamos à apreciação dos leitores esta absurda hipótese:

No  Pano de Oviedo, apenas após estudos de medicina forense foi determinada a zona correspondente ao nariz, em finais do século passado.

Essa zona apresenta como vimos partículas minerais de carbonato de cálcio, em correspondência com a área homóloga do Sudário.

Assim sendo, o alegado falsário do seculo XIV teria de ter conhecimento do Pano de Oviedo, bem guardado num relicário da Catedral, e duma forma furtiva!!! aplicar exactamente numa área restrita poeiras minerais de solo da Palestina, por sorte!! exactamente numa localização que cerca de 600 anos depois se concluiria corresponder à área do nariz……!!!!

 

Estes estudos, embora por si só não comprovem a autenticidade do Sudário, mas sem dúvida são um importante elemento que concorre nesse sentido, e mais um aspecto para cientificamente descartar a teoria tão propalada da elaboração medieval do Sudário.

Para além disso são mais um dado que corrobora aspectos dos relatos evangélicos da Paixão de Cristo.

 

 

 

 

 

                                         CONCLUSÃO

 

Os estudos de partículas minerais presentes no Sudário de Turim, permitem concluir que essa peça de tecido esteve na Palestina, nomeadamente na região do Calvário e dos antigos túmulos de Jerusalém,  e são mais um dado para descartar as teorias de elaboração medieval europeia do Sudário, e suportam os relatos evangélicos de que Jesus caminhou( descalço) para o local do derradeiro suplicio, tendo sofrido queda(s) no percurso, consoante lesões evidenciadas pela patologia forense a nível do joelho esquerdo e do nariz, e após a Sua morte foi sepultado num túmulo adquirido por José de Arimatheia.

 

 

 

 

 

Nota: Não sendo este artigo, um artigo científico na devida acepção do termo, não são referenciados no texto as referencias  bibliográficas.

Não obstante elas são mencionadas nas Referências Bibliográficas e sempre que disponivel com link para acesso online  

 

 

 

 

 

Referências Bibliográficas:

 

1-Barta, C. , Alvarez, R., Ordoñes , A., Sanchez, A., GarciaJ. «New ccoincidence between Shroud of Turin and Sudarium of Oviedo», Research team of Spanish Center of Sindonology  2015 https://www.shs-conferences.org/articles/shsconf/pdf/2015/02/shsconf_atsi2014_00008.pdf

 

 

2-Bucklin, Robert, M.D., J.D. « The Shroud of Turin: Viewpoint of a Forensic Pathologist» , Shroud Spectrum International No 5 Part 3 https://www.shroud.com/pdfs/ssi05part3.pdf  

 

 

3-Farey, Hugh «Limestone on the Shroud» , The Medieval Shroud , April 24 2021 https://medievalshroud.com/limestone-on-the-shroud/ 

 

4-Jackson, John P. «The radiocarbono Date and how the Image was formed on the Shroud, Shroud Spectrum International No. 28/29 part 3 1988 https://www.shroud.com/pdfs/ssi2829part3.pdf

 

5-Jaworski, Jan S. «Chemical analysis of the Shroud»  https://leksykonsyndonologiczny.pl/en/history-of-the-research-on-the-shroud/chemical-analyses-of-the-shroud/

 

6-Jones, Stephen E, #Dirt 30: the evidence is overwhelming that the Shroud is authentic,Thursday December 27 , 2918 http://theshroudofturin.blogspot.com/2018/12/dirt-30-other-marks-and-images-evidence.html

 

 

 

 

7-Kohlbeck , Joseph A. , Nitowski, Eugenia L. « New Evidence May Explain Image on Shroud of Turin : Chemical Tests Link Shroud to Jerusalem» Biblical Archology review, vol 12 no 4 July/August  1986, pp 18-29 https://faithconnector.s3.amazonaws.com/stmutah/files/new_evidence_may_explain_image_on_shroud_of_turin_biblical_archaeology_review_july_august_1986_vol_xii_no_4_fast_load.pdf

 

8-Lucotte, Gerard «Optical and chemical characteristics of the mineral particles found on the face of the Turin Shroud  Scientific Research and Essays Vol. 7 (29), pp.2545-2553, 30 July 2012

http://www.academicjournals.org/article/article1380797812_Lucotte.pdf
http://dx.doi.org/10.5897/SRE12.383  

 

9-Morris,R.A., Schwalbe, L.A. London, J.R. «X-Ray Fluorescence Investigation of the Shroud of Turin, Shroud of Turin ResearchProject Inc.1980  https://www.shroud.com/pdfs/XRay%20Fluorescence%20Morris%20Schwalbe%20London%201980%20OCRsm.pdf

 

10-Pellicori, S. and M.S. Evans «The Shroud of Turin through the Microscope, Archeology January/February 1981 pp. 34-43 https://www.shroud.com/pdfs/Shroud%20Thru%20Microscope%20Pellicori%20Evans%201981%20OCRsm.pdf

 

11-Schwalbe, R.A., Rogers R.N. «Physics and Chemistry of the Shroud of Turin a summary ofthe 1978 Investigation, Analytica Chimica Acta, 135 (1982)3-49 Elsevier Scientific Publishing Company, Amsterdam https://www.shroud.com/pdfs/Physics%20Chemistry%20of%20Shroud%20Schwalbe%20Rogers%201981%20OCRsm.pdf