CÉPTICOS ATEISTAS TENTAM DESCREDIBILIZAR A AUTENTICIDADE DO SUDÁRIO
Recentemente, o antropólogo forense Matteo Borrini da John Moores University em Liverpool, e o quimico Luigi Garlaschelli da Universidade de Pavia, este ultimo bem conhecido pela malograda tentativa de reprodução da imagem do Sudário numa famosa experiência realizada em finais de 2009, experiência essa patrocinada por uma associação ateista e anti religiosa italiana, realizaram uma experiência, desta vez relativa ao estudo dos trajectos sanguineos nos antebraços da imagem do Sudário, e também da ferida da lança, recorrendo à tecnica de análise forense «Bloodstain Pattern Analysis» (análise da forma das manchas sanguineas)
Esta experiência , patrocinada pela UAAR( União de Ateistas Agnósticos e Racionalistas) de Itália tinha como objectivo «provar» que os trajectos sanguineos na imagem do antebraço (esquerdo) do Sudário de Turim bem como a marca da ferida da lança são incompativeis com uma situação real, mas sim compativeis com uma representação artistica.
Fornecemos o link desse «estudo» (em lingua italiana) onde inclusivamente poderão aceder a um video http://www.agoravox.it/Sindone-nuovi-studi-ne-mettono-in.html
Para aprofundamento da questão, aconselhamos também a leitura em lingua inglesa no fabuloso Blog americano de discussão sindonológica do Dr. Dan Porter, o Shroud of Turin Blog, no post de 11 de Abril http://shroudstory.com/2015/04/11/new-garlaschelli-and-borrini-study/#comments .
Básicamente, para estudo dos trajectos sanguineos no antebraço foi colocado um tubo de pequeno calibre na região dorsal do punho, ligado a um saco com sangue? e verificados o trajecto seguido pelo fluido na região dorsal do antebraço do voluntário, em função da inclinação do membro relativamente à vertical.
No que respeita à ferida da lança, embeberam uma esponja com liquido corado de vermalho, e aplicaram co pressão na região toráxica lateral direita de um manequim.
A conclusão desta experiência leviana e simplista como iremos demonstrar, foi a seguinte:
«Conjuntamente, os resultados destes testes, são portanto não consistentes com a forma geral dos trajectos de sangue no Sudário de Turim, e parecem recusar testemunhar a favor da sua autenticidade, mas antes uma forma artistica ou didáctica»
Analisemos com serenidade os FACTOS:
Peritos da área médica/médico- forense de inquestionável competência que estudaram o Santo Sudário, concordam no essencial que os trajectos sanguineos nos antebraços são compativeis com o que ocorreria num crucificado com os membros superiores fazendo um angulo de cerca de 65º com a vertical e ter-se iam formado em vida com o crucificado ainda na cruz.
A mancha da ferida da lança é compativel com uma lesão perfurante post mortem no hemitórax direito da qual extudiu sangue proveniente do coração, e um fluido de tonalidade clara compativel c/ fluido de derrame pleural ou pericárdico.
Nomeamos o cirurgião Dr. Pierre Barbet que fez experiências com cadáveres nos anos 30 do século passado, mais recentemente os patologistas forenses Drs. Sebastiano Rodante, Judica Cordiglia, Robert Bucklin, Frederick Zugibe, e ainda mais recentemente o Dr. Gilbert Lavoie e o médico bioquimico francês Dr. Thibault Heimburger, o qual realizou ele próprio uma experiência com o seu próprio sangue e concluiu que os trajectos sanguineos são compativeis com os achados relativos no Santo Sudário,
A experiência destes cépticos ateistas para além de ser realizada com um objectivo definido a «provar» é na nossa perspectiva, leviana e absolutamente incompleta, pois apenas utiliza um tubinho fininho donde sai um fluido- com que velocidade de fluxo??? e uma esponja impregnada de um liquido vermelho a borrar um manequim!!!
O que não foi levado em conta na realização desta experiência:
1- Trajectos sanguineos no antebraço:
Duma forma genérica e possivelmente ainda omitindo alguns aspectos, na génese dos trajectos sanguineos, deverá ser considerada o local exacto de saída do cravo, a nivel do espaço anatómico de Destot, do qual o sangue flui inicialmente num angulo diferente da experiência.
Sabemos que o fluxo sanguineo seria na realidade escasso dado que a nivel da região anatómica perfurada pelo cravo apenas seriam atingidos trajectos venosos e arteriais (ramos cárpicos das artérias cubital e radial) de pequeno calibre.
Não sabemos o ritmo de saida do fluxo sanguineo, este deveria ter sido muito lento e quantitativamente escasso, pois o Homem do Sudário estava em estado de choque hipovolémico.
Os trajectos ir-se-iam formando pela adição de novo material hemático extrudido em função do tempo de permanência vivo na cruz, e a sua configuração dependeria também da presença na superficie cutânea se suor, poeiras e também influiria os movimentos dos membros superiores na cruz,, nomeadamente a nivel dos cotovelos, o que transitóriamente alteraria o angulo em relação à vertical.
Não nos esqueçamos que o crucificado na sua agonia asfíxica tinha necessidade de se elevar na cruz para expelir o ar, não estava quietinho como os voluntários da experiência dos ateistas...
Há também a considerar as condições ambienciais como a radiação solar e a humidade ambiente.
2- Ferida da Lança
A triste realidade foi bem diferente da experiência...
O Homem do Sudário já morto foi trespassado por uma lança a nivel do 5º espaço intercostal direito, a qual perfurou a parede toráxica, a cavidade pleural contendo fluido, o pulmão , o pericárdio, provàvelmente também com derrame, e a auricula direita donde extrudiu sangue post mortem e um liquido claro correspondendo a fluido de derrame pleural e/ou do pericárdio ( trata-se da famosa frase do Evangelho de S. João «... donde brotou sangue e água).
Isto ocorreu com o Corpo ainda numa posição vertical, mas não podemos saber de forma alguma a velocidade e a quantidade do fluido sero-hemático extrudido.
Quando após ter sido removido da cruz, o Homem do Sudário foi colocado em posição horizontal, possivelmente com uma pequena inclinação para a direita, houve saida por refluxo de sangue proveniente da veia cava inferior, originando a escorrência para a região dorsal bem visivel na imagem corporal dorsal do santo Sudário e conhecida por a «cintura de sangue» ou «blood belt» dos autores americanos.
Isto mesmo foi verificado experimentalmente pelo Dr. Pierre Barbet em experiências cadavéricas, na altura possiveis, e que está perfeitamente de acordo com o verificado na imagem patente no Santo Sudário.
Conclusão:
O estudo dos ateistas é absolutamente omisso quanto às condições que deveriam ter sido consideradas, a sua conclusão é absurda e infundada,e só vem demonstrar mais uma vez que o Santo Sudário de Turim, por ser o testemunho material da Paixão de Jesus Cristo, é um alvo a abater a qualquer custo mesmo que para tal se recorra à desinformação deliberada e intencional.
Somos a favor da investigação sindonológica séria, não de experiências levianas e sensacionalistas
Antero de Frias Moreira
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